sábado, julho 20, 2013

Há um ano eu achei que era para sempre, mais de um, um e dois meses. Nunca foi para sempre, na vida nunca é para sempre, nem o presente, nem o futuro e nem o passado é para sempre. Especialmente o passado, aquele que não vivemos, que não sentimos, aquele passado em que tantas daquelas pessoas não cruzaram a nossa rua, o nosso bairro, o nosso destino, mas que no presente, de repente e por obrigação, parecem fazer forçosamente parte de nós.
Não há ninguém a descrever esta melancolia como o João Tordo, como eu sinto, como é tão chato, como é tão incompreensível e incompreendido. Mas eu entendo, há um vazio na alma que não tem fundo, nem cura, é como o universo, insondável e infinito, como é que se pode ignorar um buraco infinito? O universo não tem fim, e a alma também não. Se se vir assim a alma, se se a entender desta forma complexa e científica, talvez possamos ser um pouco menos melancólicos, menos em dor, menos em solidão e mais em estudo, em investigação de coisa infinita e todavia por explicar completamente. Os melancólicos. Que assunto chato. Não fosse o Fausto, " veste a mais garrida saia" que bonito, que épico, que redentor!
E deixo-me com isto para dormir.
http://www.youtube.com/watch?v=D0Mvy5uDWw8

2 comentários:

Angela disse...

Welcome back :)

Ju disse...

angie eu estou sempre a ir e a voltar ;) isto de vir não é permanente ;)