domingo, janeiro 16, 2005
em agosto
nunca vou ser tudo o que poderia se nao tivesse perdido o meu pai. penso nisto muitas vezes, em tudo o que poderia saber e ser e ver, perceber, se tivesse o meu pai comigo. e aquela poesia e leveza toda dele agora comove-me tanto. será que ja tinha pensado nisto antes? acho que nunca tinha reconhecido nada sobre ele, nenhuma beleza, nenhuma harmonia, nenhuma bondade, nenhum encanto. nenhum amor verdadeiro. e agora penso que ele nao estar cá me vai transformar numa pessoa pior. o meu pai seria um poeta sempre, ate ao fim dos seus justos dias de velho. nao acredito que nao esteja ca na verdade. morte é mais anti-vida, é mais na verdade infinito, cuja compreensao completa estará sempre além do que posso tentar imaginar.
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