
Foi coisa que sempre me intrigou, quem são as pessoas que passeiam nos centros comerciais das cidades grandes durante os fins de semana? Passatempo decadente este, é a minha veia comuna a dizer, tipo preconceito tóxico, credo ou fundamentalismo que não consigo tirar de mim. Odeio o centro comercial mas claro que o frequento. Mas odeio-o. O que eu queria era comprar sempre, sempre tudo nas lojas das ruas bonitas, onde se assam castanhas e os mendigos tocam guitarras. Qualquer dia, no centro comercial, pagam a mendigos figurantes que não cheirem mal nem queiram realmente pedir para não incomodar a concentração e conforto de quem compra e gasta. Pagam-lhes para tocarem guitarra ou acordeão para que o centro comercial se pareca cada vez mais a rua, mas a rua asséptica, o que é cada vez mais O Admirável Mundo Novo. E nem damos por isso. Achamos graça...
2 comentários:
Para o comum mortal é necessário que hajam centros comerciais e sitios de plástico onde se possa ir sem que se tenha de pensar. Sabes como é dificil inovar e ter ideias frescas do tipo um-chocolate-uma-surpresa-e-um-brinquedo.
O imbecil que disser numa praça de gente madura que o que gostava mesmo de fazer era dar um saltinho à praia em pleno inverno (mesmo que esteja sol) e sentar-se na areia a ver o mar arrisca-se a ser açoitado por não ter uma intenção pré concebida como os comuns mortais...
Eu não gosto dos centros comerciais. E frequento-os muito pouco, felizmente. E sim, gosto muitissimo do comércio tradicional onde se chega e diz "quero uma gravata amarela às pintinhas" e um senhor ou senhora muito simpáticos apesar de tudo o que se passa à sua volta nos mostra a grande variedade de gravatas...
Nos centros comerciais não há disso...e quando nas grandes áreas superficiais não se encontra a tal gravata?...não há ninguém para ajudar, pois a resposta é "só temos o que está exposto, se não encontra é porque não temos..."
HAAHH
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